Como vimos, o estresse em si é um processo natural de defesa do corpo, que vem acompanhado tanto da agressividade (atacar), quanto do medo (fugir). Esses dois estados estão em constante alerta em nosso sistema interno para nos defender de um ataque iminente. Todavia, como já vimos em nosso primeiro artigo (se você não leu, clique aqui > O Estresse e suas Consequências), esse processo agravou-se, dadas as constantes situações a que todos estamos expostos hoje em dia.
Muitas enfermidades dos tempos modernos são nada mais, nada menos, que resultado desse processo de estresse negativo constante em nosso corpo.
Outro fator importante é que o nosso estresse, quando constante, pode estar ligado a algum trauma que se deu no passado e não foi devidamente resolvido, o que pode ter criado em nosso sistema um bloqueio que nos defende de tudo que seja semelhante a essa situação traumática inicial.
Portanto, questões mal resolvidas no passado podem desencadear constantes conflitos internos e gerar todos aqueles mal-estares físicos (de luta ou fuga). Isso porque basta pensarmos ou experimentarmos situações semelhantes às que criaram o trauma inicial para entrarmos em estado de estresse negativo. E, deste modo, sensações físicas como tremedeiras, suor frio, desnorteamento, descontrole e tantas outras passam a atuar como se estivéssemos presenciando o trauma inicial.
Nessas situações, o corpo nos protege, indubitavelmente, não como deveria, pois o trauma criado coloca o corpo em alerta vermelho permanentemente. É como se esse alerta estivesse com defeito e considerasse todas as situações semelhantes como “ameaças verdadeiras”.
É importante entendermos que o estresse interfere em nossas vidas de forma generalizada, pois afeta nossa habilidade de fazer escolhas e tomar decisões, além de influenciar negativamente a forma como nos comunicamos e interagimos com nossos semelhantes.
O mais preocupante é que ele afeta diretamente nosso sistema imunológico, fazendo com que aquele que deveria lutar para nos defender, devido às circunstâncias a que está exposto, passe a um estado de extrema defesa, que acaba afetando todo nosso sistema de forma negativa.
Uma vez que compreendemos todos esses processos de estresse em nosso corpo, passamos para o entendimento de como uma boa manutenção poderá nos salvar de sabotagens, procrastinações e todos os tipos de recaídas. Ao adquirirmos essa consciência, passamos a nos observar e cuidar mais e a proteger nosso corpo contra atitudes que nós mesmos estamos criando sem, muitas vezes, percebermos.
Portanto, fica a dica:
- Esteja atento(a) ao estresse;
- Interrompa o padrão negativo que pode estar colaborando com a situação;
- Busque a causa e origem das suas reações ao estresse;
- Neutralize-as de forma inteligente.
Mas lembre-se: o mais importante é aceitarmos o fato de que somos os responsáveis diretos tanto de nossa saúde quanto de nossa doença. Portanto, novas atitudes e novos comportamentos são indispensáveis para nossa saúde em geral, pois criam uma relação mais harmoniosa e saudável com as tensões e desafios diários.
Pense nisso!